“A liberdade individual é inconciliável com a supremacia de um objetivo único ao qual a sociedade inteira tenha que ser subordinada de uma maneira completa e permanente.”
A frase acima de autoria do Prêmio Nobel de economia HAYEK nos leva a reflexões esquecidas no Brasil há muitas décadas.
Não se fala mais nesse liberalismo que habitou mentes brilhantes e foi considerado repugnante por grande parte dos filósofos e economistas depois da segunda guerra mundial.
O próprio Hayek chegou a afirmar que o SOCIALISMO não era nada mais do que irmão gêmeo do NAZISMO.
Muitos pensadores aderiram a esse pensamento desejando imputar ao SOCIALISMO a destruição integral da liberdade da humanidade.
Os seguidores de HAYEK não tiveram grande expressão no Brasil, com raras e honrosas exceções, tais como Henry Maksoud, Roberto Campos e Meire Penna.
O Posto Ipiranga
Agora surge como comandante de nossa economia o POSTO IPIRANGA Sr. Paulo Guedes, homem de loquacidade impressionante diante de outros que o antecederam.
Roberto Campos era também um notável economista de inteligência reconhecida até mesmo por seus ferrenhos adversários, quase todos socialistas de carteirinha na mão.
“O que certamente nunca houve no Brasil foi um choque liberal. O liberalismo econômico, assim como o capitalismo não fracassaram na América Latina. Apenas não deram o ar de sua graça”
Esse desprezo pelo liberalismo econômico levou o Brasil a trilhas socialistas e populistas deprimindo sobremaneira nosso nível de liberdade econômica dificultando o empreendedorismo e como consequência o crescimento e a prosperidade desaguando em enorme desigualdade social.
O POSTO IPIRANGA vem apresentando resultados que a classe política teima em desqualificar, tais como a Lei da Liberdade Econômica lançando na mão dos representantes do povo a missão sagrada e inexorável de pautar reformas que seguirão, com certa timidez e um pouco de vergonha a lição LIBERAL do PRÊMIO NÓBEL já referido.
Hayek e Eu
Conheci Hayek em Londres nos anos 80 e ele era levado a sério e respeitadíssimo.
Aqui era considerado um GERONTROCRATA abominável na política e um direitista desarrazoado na economia.
Em 1990 o Professor Hayek fez uma palestra em São Paulo. Estava velhinho e combalido, mas tinha um brilho intelectual notável.
Quando iniciou sua fala, teve um acesso de tosse e demoraram mais de cinco minutos para lhe trazer um copo d’água.
Após essa aflitiva pausa o gênio austríaco deu uma lição imperdível a uma plateia de jornalistas, economistas, sociólogos, juristas e alguns políticos.
A resistência a suas ideias foi sempre tão radical como seu liberalismo.
Ele foi laureado com um Nobel e a plateia se dividiu entre maravilhados e chocados.
Liberalismo Econômico
Agora surge o Paulo Guedes, que certamente leu Hayek quando estudou em Chicago.
Há uma grande esperança entre os intelectuais de que a bandeira do LIBERALISMO ECONÔMICO seja hasteada por aqui.
O que nos impede de fazer tremular essa bandeira é o populismo que graça no Congresso, onde a preocupação central é a próxima eleição, no dia seguinte a um pleito federal e estadual ou no dia seguinte a uma disputa municipal.
A oposição ao atual governo é tão combalida que provoca reações hilariantes.
O problema maior é a base de sustentação de ideias liberais que tem vergonha de se apresentar.
Ver o neto de Roberto Campos na presidência do Banco Central traz alguma esperança de que a partir do matiz liberal, certamente atualizado aos nossos tempos, se possa alcançar grande progresso e paz social.
É FUNDAMENTAL TER ESPERANÇA!