LIBERAL, PERO NO MUCHO …
Campos Veiga Liberal Pero No Mucho

LIBERAL, PERO NO MUCHO …

EU SOU UM LIBERAL.

Essa afirmação é encontrada por todos os cantos, especialmente depois da eleição de TRUMP e mais recentemente de BOLSONARO.

Há quem afirme que as democracias estão em risco tendo em vista esse surto liberal que também tem exemplos importantes na Europa com eleição de líderes que triunfaram por defender posições liberais na economia e ideias conservadoras nos costumes e na moral.

Há adversários catastrofistas que profetizam desgraças indizíveis em face dos novos líderes defendendo posições esquerdistas moderadas ou radicais.

Um pouco de história

Há uma confusão reinando no mundo,  que decorre, no meu sentir, de interpretações que desprezam a história e não separam as ideias acadêmicas e os fatos efetivamente ocorridos.

O maior exemplo de liberalismo se encontra na chamada Era Vitoriana na qual a filosofia de ADAM SMITH, RICARDO e STUART MILL foi difundida como uma panaceia que suscitou paixões exacerbadas e uma impressão de que o protecionismo estatal estaria com os dias contados para sempre.

Foram ideias geniais se consideramos o passado intervencionista que vinha desde sempre imperando.

O Laissez-faire foi a marca da Era Vitoriana e foi aplicado com muito sucesso e difundido por todo o mundo.

Ocorre que os historiadores como Burns e tantos outros afirmam que havia protecionismo agrícola vigorando por mais de três décadas e isso contrariava frontalmente as ideias dos economistas liberais.

A chamada Lei dos Cereais encontra as mais variadas explicações para sua resistência em face de lições liberais, a única que me convence é simples e inafastável:

“Nem tudo na economia e na filosofia é simplesmente preto ou branco.”

Por mais radical que seja um filósofo ou um economista suas ideias são veiculadas na academia, disseminadas na população e nos agentes econômicos e nesse ponto entra a política.

Política e Academia

Políticos não são seguidores implacáveis das ideias teóricas, mas dançam conforme a música.

Assim sendo, conservadores mantiveram por décadas a Lei dos Cereais a proteger seus agricultores em plena Era Vitoriana.

Esse é apenas um simples exemplo de que uma coisa é a academia e os intelectuais e outra a realidade e o poder político a acomodar situações específicas.

Os radicais torcem o nariz para TRUMP, BOLSONARO, SALVINI e tantos outros ou são seus fanáticos seguidores.

Tudo que eles fazem está radicalmente errado ou totalmente certo.

Os resultados da “desastrada” política econômica americana surgiram rapidamente e o golpe no liberalismo parece ser sancionado pelos resultados.

Ninguém é contra o crescimento econômico!

Esquerdistas, ultimamente mais perdidos e mais teimosos do que nunca, falam em resistência de forma patética.

O MUNDO NÃO É ASSIM!

A HISTÓRIA CONTA O PASSADO E NÃO PODE SER REESCRITA.

LIBERAIS, GRAÇAS A DEUS, PERO NO MUCHO…

Maurício de Campos Veiga

Advogado, professor e sócio fundador da CAMPOS VEIGA ADVOCACIA com vasta experiência na área jurídica empresarial trabalhista desde 1973.

Deixe uma resposta