Não são poucos os desafios que deverão ser enfrentados pelos trabalhadores na indústria brasileira!
Na verdade, é o SENAI que recentemente efetivou e a CNI divulgou, um levantamento assustador dando conta das dificuldades a serem enfrentadas no futuro próximo.
Ninguém duvida de que a sobrevivência de nossa sofrida indústria está ligada à inovação e adoção de novas tecnologias e a adaptação às maravilhas da chamada Inteligência Artificial.
A robotização se apresenta como destino inexorável dos processos industriais, alterando toda cadeia produtiva e as antigas linhas de produção.
A velocidade dessas inovações é impressionante e existe uma grande dificuldade do acompanhamento dessa dinâmica pelos trabalhadores industriais.
Qualificação
Nos próximos quatro ou cinco anos o Brasil terá que proceder a requalificação de cerca de ONZE MILHÕES de empregados com carteira assinada que estão vinculados à indústria em geral.
Quase três quartos desses trabalhadores já têm contratos de trabalho vigentes, em sua grande maioria com ajustes, sem prazo determinado.
Os demais trabalhadores, tem que ser qualificados tecnicamente para ingressar no mercado de trabalho de indústrias cada vez mais tecnológicas.
Quase todas as áreas de atuação das indústrias precisam ou precisarão, ao virar a próxima esquina, qualificar novos e jovens colaboradores, notadamente na informática, eletroeletrônica, logística, metalúrgica e outras.
Preparação
Com tantos desempregados, quase não se vê na imprensa, mesmo na imprensa especializada, o exame dessa problemática e a busca de soluções.
Fica claro que sem uma preparação educacional e técnica uma grande massa de potenciais trabalhadores será perdida e com a velocidade das inovações tecnológicas isso deve se agravar.
Mecânicos de manutenção de maquinário industrial mais sofisticado e operadores de máquinas-ferramenta são exemplos da necessidade imperiosa de formação técnica e treinamento atualizado, sob pena de faltar mão-de-obra num futuro muito próximo, especialmente com a retomada de investimentos e crescimento econômico que certamente devem acontecer, a partir de 2020.
Requalificação
No âmbito dos colaboradores com nível superior o problema existe, mas se trata de trabalhadores com maior facilidade de absorver e aplicar inovações tecnológicas.
A engenharia industrial brasileira sempre respondeu aos períodos de pleno emprego ou de desemprego moderado.
Havendo um aumento substancial no Produto Interno Bruto, analistas, gerentes de produção, engenheiros mecânicos, ambientais e de segurança, vão se adaptar com mais facilidade, mas há necessidade de requalificação.
As profissões mais tradicionais, vem sucumbindo e novas atividades profissionais ganham relevância e exigirão melhores salários, com a melhora da economia.
Educação
Os novos profissionais devem apresentar conhecimentos sofisticados e sólidos em matemática, física, química etc. o que acende um sinal amarelo, quando se examina a situação precária do ensino dessas disciplinas nas escolas brasileiras.
O foco na educação básica e de nível médio não parece visitar as instituições educacionais, especialmente as públicas, deixando os futuros trabalhadores sem condições técnicas de assumir essa nova geração de empregados da indústria.
Trata-se aqui de um nó a fustigar nossa educação formal e técnica que tem níveis lamentáveis.
Não somos especialistas, mas ao que tudo indica, quando as coisas melhorarem, vamos enfrentar muitas dificuldades no recrutamento de trabalhadores jovens, com nível educacional sofrível.
A única solução é transferir essa imensa missão à indústria nacional e às instituições por ela comandadas.
A missão é terrível, já que treinar e qualificar jovens com carências educacionais gravíssimas, não é tarefa fácil.
É preciso arregaçar mangas e utilizar criatividade e muita paciência para enfrentar esses desafios.
HAJA FORÇA E PACIÊNCIA!